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segunda-feira, maio 16, 2005

Já passaram 15 dias

O tempo continua a voar! A parte em que não se dorme bem e tudo parece um enorme dia é capaz de ajudar a esta sensação.

Antes que a memória comece a fazer das suas decidi contar um bocadinho mais do que aconteceu há duas semanas atrás. Foi realmente o parto mais perfeito que se podia ter arranjado, para mim, claro!

Estranhamente, dormi alguma coisa nessa noite. Tinha que acordar às 7h da manhã para tomar o pequeno almoço e ainda consegui dormir um bocado depois. Claro que estava, no mínimo, ansiosa. Só me lembrava das palavras desse grande futebolista, Hélder, que com o pragmatismo habitual aos grandes jogadores da bola um dia disse: "estamos à beira do precepício mas vamos dar um grande passo em frente"! Ah, grande homem. Ainda bem que a bola se joga com os pés e não com a boca! Foram estas as bonitas primeiras palavras com que eu brindei o pai do santo no dia do nascimento do nosso filho.

De seguida, tivemos a preciosa distracção da tia Kitty que veio cá para casa falar com o seu ritmo alucinado e quando demos por isso já era hora de sair de casa e ir para a Cruz Vermelha. Glup!!!

A recepção no Hospital foi excelente, as enfermeiras foram muito queridas e tentaram, sem grande sucesso, acalmar-me enquanto fazíamos o último CTG e mostravam as instalações ao pai.

A pior parte vem agora e não, não é nada que impressione as almas mais sensíveis. Deram-me uma batinha linda e disseram-me para ir para o quarto vestir-me que já me iriam buscar. Nesta altura faltavam uns minutinhos para o meio-dia. O pior é que só me foram buscar lá para a uma e essa foi a pior hora do dia! De cada vez que ouvia passos no corredor ficava na expectativa, achava que se tinham esquecido de nós, que ia atrasar tudo (a cesariana estava marcada para as 13 e 30)...

Depois foi tudo muito rápido. Tivémos uma sorte enorme com o anestesista que não só era super querido como tecnologicamente avançado! A verdade é que o pai Nuno não foi com máquina fotográfica para o bloco operatório. A máquina era do anestesista, a dada altura emprestou-a ao pai Nuno, que a partir desse momento fotografou cada segundo da existência do seu pirralho. Além disso o anestesista também tinha levado uma juke box e o Vasco nasceu a ouvir Bjork, o que pelo menos agradou aos pais do Vasco. Como se isto não chegasse para eu adorar este doutor, ainda antes da epidural ele disse que me ia fazer algumas maldades e quando eu lhe disse que estava um bocadinho nervosa ele respondeu que me ia dar um anti-stress estilo caipirinha no sangue. Era o máximo! E assim foi. Para quem viu o filme trainspotting, imaginem a cena em que o Ewan Mac Gregor se começa a afundar pelo chão ao som do it´s such a perfect day...

E foi realmente o dia perfeito. Depois de me darem a epidural o Nuno veio para o pé de mim, eu sentia-me no cinema a assistir a um filme em que estavam a abrir alguém mas, certamente, que não era eu e... de repente, a médica baixa o cortinado, mostra-nos o Vasco e tudo mudou. Agora já não estava no cinema, aquilo era mesmo comigo mas eu não interessava nada, só queria era ver tudo o que estavam a fazer ao meu filho e a partir daí só descansei quando o tive ao pé de mim!

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