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Ontem, depois de mais uma pediatra o observar, lá descobriram uma otite ao rapaz.

Segundo antibiótico do mês.

Com tudo isto o Vasco anda com um pavor a médicos que até assusta. À vista da primeira bata, começa a dizer bora, já tá. Quando começa a ser observado abre berreiro que não pára com nada, mesmo que esteja deitado em cima de um leão, como aconteceu ontem. O barulho é tanto que nós não conseguimos comunicar com ele nem com a médica.

Como ultimamente quase que só sai de casa para ir a médicos, começa a não querer sair. Especialmente se for para um sítio que não conhece. Há umas semanas tive a peregrina ideia de ir com ele a casa da minha tia. Mesmo sem haver batas à vista, o rapaz lá achou que devia haver por ali médicos e chorou, sem parar, uns bons 20 minutos. E eu que achava que ia animar a minha tia...

Não posso deixar de contar o sufoco que foi ontem a minha tarde, antes da consulta. Quem me conhece sabe que não sou particularmente optimista, vá-se lá saber porquê, mas tenho conseguido não ser assim no que respeita ao Vasco. Claro que me preocupo quando ele está doente, não adorei que só tivesse começado a andar aos 16 meses, mas não costumo pintar logo cenários de catástrofe. Esta febre que não passava sem razão aparente andava-me a irritar. Ontem, à hora de almoço, por uma coincidência daquelas, li um artigo da Pais & filhos sobre um rapaz com leucemia. Os pais levaram-no ao médico por causa de uma febre que não passava, apesar de continuar cheio de energia... De repente o estômago ficou muito pequeno e o ar custava a entrar. Não consegui almoçar e estive num sofrimento enorme. Foi a primeira vez que, por poucas horas, pensei seriamente que algo de grave podia acontecer ao Vasco. Foi assustador. Há coisas para que nunca se estará preparado na vida e ter um filho seriamente doente é daquelas que me horroriza grandemente!