Ainda do fim de 2007

(porque uma gripe com dores de cabeça terríveis não me deixaram escrever durante uns tempos)

Fim de tarde de Inverno. Uma santa criança brinca no chão do seu quarto com os seus amados carrinhos enquanto a mãe está sentada no chão a ler.

A estúpida da mãe pede um beijinho ao filho. A adorável criança levanta-se, todo contente, para dar beijinho à bruxa mãe. Nos entretantos pisa um carro, tropeça e dá uma cabeçada monstra na esquina da cama.

CHORO MUITO FORTE, galo a crescer assustadoramente, veia a ficar muito escura e a começar a sangrar.

(mãe esforça-se muito para não desmaiar e fingir-se calma e berra para o pai trazer gelo)

Vamos para o Hospital com um rapaz já bastante calmo e a deitar muito pouco sangue.

Faz radiografia. Médica não gosta do que vê e chama outra médica (o que nos deixa sempre muito tranquilos). Começam a falar de fractura, TAC, adormecer o Vasco para ficar quieto no TAC. Algures pelo meio surge a palavra neurocirurgião.

(mãe esforça-se muito para não desmaiar e fingir-se calma )

O Vasco é sedado mas mesmo assim não adormece durante o TAC. Pelo contrário temos o prazer de assistir, ao vivo e a cores, à primeira bebedeira/moca do nosso filho: falava muito alto, de uma forma arrastada, ria-se feito parvo de tudo e não se aguentava nas pernas. Durante o exame até dizia ao pai que estava a ver o Noddy!!

Apesar da qualidade do exame não ser muito boa (porque a criatura se mexeu) deu para não confirmar as suspeitas anteriores.

(mãe suspira de alívio e jura nunca mais pedir beijos ao filho. Claro que não conseguiu cumprir a jura!!!)